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É verdade que a alimentação influencia no cheiro da vagina? 18/05/2020 08h00 | BY Bruno TMJ

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O cheiro da vagina é um tabu em nossa sociedade e já foi alvo de piadas. Muitos produtos já foram lançados no mercado prometendo soluções para amenizar possíveis odores, indo desde sabonetes íntimos a loções.

Além disso, pouco sabemos o que seria um cheiro normal. Por isso, um monte de mulheres fica disposta a comprar produtos e até procurar soluções para amenizar ou mudar o aroma.

Recentemente, uma informação que circula pela internet informa que a alimentação tem ligação direta com o cheiro e sabor dos genitais.

Inclusive, houve um boom de mulheres procurando beber suco de abacaxi para a vagina ficar com gosto mais doce, por exemplo.

É verdade?

Na área científica não existe nenhum estudo que comprove que a dieta afete gosto e cheiro. Portanto, nada comprovado oficialmente.

No entanto, o odor pode sofrer alterações por conta de remédios, gravidez, DSTs e ISTs. Além disso, é normal que a vagina tenha um cheiro normalmente e nada tenha haver com problemas de saúde.

Aroma da vagina

Cada mulher possui um aroma próprio que exala de sua vagina. Ele não é resultado de má higiene ou doenças. Vem de secreções e de processos fisiológicos de renovação celular.

Além disso, de acordo com o período menstrual, ele muda. Assim como a consistência do muco cervical. Influências externas também afetam, como uso de roupas apertadas e peças íntimas de tecidos sintéticos.

Vagina saudável

A flora natural da vagina possui um pH ácido (4,5 a 5,5). Por isso, duchas e excesso ou falta de higiene acabam sendo prejudiciais por alterar o meio natural. Abaixo vamos listar alguns fatores que podem alterar o cheiro da vagina.

Uso de cosméticos sexuais

Usar bolinhas aromáticas e outros cosméticos também podem influenciar. Após o sexo, deve-se lavar bem a região íntima externa para evitar proliferação de bactérias.

Esses produtos são seguros para serem usados, mas podem alterar a flora. Portanto, seu uso deve ser moderado.

Sêmen

O esperma também altera o pH e pode causar alteração no cheiro da vagina por consequência. Em alguns casos acontece proliferação de bactérias e infecções.

Protetor diário

Os protetores diários têm como finalidade absorver o muco cervical em excesso. No entanto, seu uso não é recomendado diariamente ou por muitas horas por médicos e especialistas.

Eles acabam abafando a região íntima e deixando a vagina suscetível a proliferação de fungos e bactérias. Além disso, as secreções em contato com o protetor acabam deixando o cheiro diferente e desagradável.

Higienização

A região não deve ser lavada e esfregada excessivamente, pois pode mudar o pH da flora natural e influenciar no aroma natural.

Autoconhecimento

A aceitação que o órgão sexual exala, sim, um cheiro deve ser tratado com naturalidade. Corrimento, cheiro forte não habitual e dores indicam infecções, por isso autoconhecimento e senso crítico são fundamentais para saber se existe algo estranho para procurar um ginecologista.

É importante destacar que é essencial fazer os exames de papanicolau regularmente e sempre ir ao médico quando notar desconforto e outros sintomas.