Pensemos em dois exemplos, um casal que esteve junto em sua juventude na faixa dos 20 anos experimentou uma vida sexual ativa considerada maravilhosa, mas depois dos 30, o interesse sexual acaba.

Outro casal na faixa dos 40 anos que vê sua vida sexual melhorar muito após anos juntos. Eles não têm o impulso da juventude, mas o desejo e a disposição continuam ali.

Segundo a psicóloga clínica, Sallie Schumacher, presidente da Sociedade de Terapia e Pesquisa Sexual, a diferença dos dois exemplos está no conhecimento e consciência de cada casal.

Assim que as pessoas envelhecem, seus corpos e mentes passam por transformações, assim como o estilo de vida e respostas sexuais.

Além disso, passam por mudanças psicológicas, hormonais e físicas graduais consideradas normais, incluindo no maior órgão sexual do corpo, que é o cérebro, segundo Schumacher.

Aqueles que tem consciência do que passam e reconhecem estas mudanças, em si mesmo e no parceiro podem fazer ajustes e até melhorar a vida sexual. Portanto, existem formas de se adaptar a estas mudanças.

 

Repense o ritmo do sexo

O sexo dos jovens é vigoroso, começa de forma fácil como fogos de artifício, segundo o Dr. Herant Katchadourian, professor de biologia da Universidade de Stanford.

Um homem de 20 anos alcança o orgasmo entre dois a cinco minutos após a penetração e isso muda com o envelhecimento. A circulação sanguínea e o tônus muscular fazem o orgasmo ser mais demorado na faixa dos 40 e 50 anos e isso pode ser benéfico, já que as mulheres tendem a demorar mais neste processo.

Neste caso, o sexo pode ser levado de forma mais sensual, erótica e ao considerar o prazer do outro, melhorar o seu.

 

Considere as ações

O jovem consegue ter uma ereção mais rápido de qualquer forma, mas após os 35 anos, a tendência é ficar mais excitado com o que faz e não com o que vê. Ou seja, mais do que ficar excitado ao ver a outra pessoa sem roupa, aprende-se a apreciar o que é feito, segundo a terapeuta marital Shirley Zussman. Por isso, a vida sexual em conjunto pode melhorar.

 

Vergonha diminui

Assim que os parceiros ficam mais velhos, a confiança e a experiência ajudam a desinibir e consequentemente melhorar o sexo.

 

Valoriza-se mais a qualidade

Um estudo conduzido pela Universidade de Chicago mostrou que metade do grupo de pessoas entre 25 a 29 anos fazia sexo de duas a três vezes por semana. Já para quem estava na faixa dos 40 anos, esse número caiu 30%, mas essa faixa considerava-se satisfeita fisicamente e emocionalmente.

Assim que a frequência cai, as pessoas tendem a valorizar mais os momentos de intimidade e fazê-los especiais, um momento a ser desejado e antecipado. Em relacionamentos seguros, tende-se a valorizar em quão bom foi o sexo e não a quantidade.

Um sexo gratificante após os 35 anos necessita de uma série de ajustes e para os casais que entendem que essas mudanças são normais e inevitáveis para enfrentarem em conjunto, o prazer sexual pode ser melhorado. Então, a vida sexual será rica nos 40, 50 anos e mais.